quinta-feira, 16 de agosto de 2012

QUE VENHA 2016

Por Murilo Rezende

A participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres rendeu marcas históricas e desempenhos que decepcionaram torcedores, mas foram considerados satisfatórios por profissionais ligados ao esporte. No resumo da ópera, batemos o número de medalhas de Pequim 2008 (17 no total, sendo 3 de Ouro, 5 de Prata e 9 de Bronze) sem a ajuda dos considerados Favoritos ao topo do pódio.

Ao invés de destacar os maus resultados, vale apontar os guerreiros e guerreiras do judô, Sarah Menezes (Ouro), e do boxe, Adriana Araújo (Bronze) e os irmãos Esquiva (Prata) e Yamaguchi Falcão (Bronze).

As meninas do vôlei também mostraram raça e superação ao virar um jogo que parecia perdido, aplicar uma vitória por 3 sets a 1 sobre a seleção norte-americana e chegar ao bicampeonato olímpico. Comandadas por José Roberto Guimarães, dono de uma marca histórica: três vezes medalha de ouro em Olimpíadas (1992, 2008 e 2012).



Na ginástica tivemos duas surpresas positivas e uma negativa. O primeiro é Arthur Zanetti. O atleta levou o ouro nas argolas após mostrar que para subir ao lugar mais alto do pódio olímpico é preciso muito trabalho e foco em seu objetivo. O segundo é Sérgio Sasaki: primeiro brasileiro a chegar entre os dez primeiros no individual geral.

A surpresa negativa foi Diego Hipólito. O ginasta deu a seguinte declaração: “Errei porque errei. Amarelei”, logo após cair na sua apresentação. O favoritismo caiu e os “anônimos” sobressaíram. Feminino não tem o que comentar.



Decepção no futebol. A seleção de Mano Menezes contava com grandes jogadores como Leandro Damião, Hulk, Neymar e Oscar, e sonhava com a medalha de ouro inédito. Ficou sonhando, dormindo e só acordou quando o juiz apitou o final de jogo e decretou a derrota por 2 a 1 para o México. Só o sono para explicar o fraco desempenho na partida.
No vôlei masculino, um show do técnico russo ao escalar Dmitriy Muserskiy, gigante central de 2,18m, na função de oposto. Com um ataque a 3,75m do chão, o jogador desestabilizou o esquema tático de Bernardinho, um dos melhores técnicos do mundo, e conquistou a vitória. Mérito do adversário.

Apesar do gosto amargo, a prata rendeu a sexta medalha Bernardo em Jogos Olímpicos. Três bronzes, o primeiro como jogador em 1984, o segundo e o terceiro como treinador da seleção feminina 1996 e 2000, o primeiro ouro em 2004 e as duas últimas comandando a seleção masculina em 2008 e 2012. Espero que esse resultado sirva como incentivo à reformulação da equipe brasileira.

Outras pratas de superação foram as da dupla do vôlei de praia Emanuel/Alisson e do nadador Thiago Pereira. A parceria tentou, mas dois erros no final do duelo diante dos alemães colocaram ponto final na história. Já o nadador fez o segundo melhor tempo nos 400m Medley e deixou até a lenda Michael Phelps para trás!

A medalha de bronze serviu para quebrar barreiras e destacar modalidades de pouca visibilidade no país. Essas sim me deram esperança de desempenhos melhores na próxima olimpíada. Além do terceiro lugar no pentatlo para fechar a participação brasileira nos Jogos de Londres.

Vamos esperar por 2016 e que o Brasil não só supere o número de medalhas, mas mostre interesse, investimento e evolução nas modalidades olímpicas. Aí está a beleza da Olimpíada: para ser campeão é preciso trabalhar duro e ultrapassar limites. Por isso, a honra de ser Medalha de Ouro não é para qualquer um.

terça-feira, 29 de maio de 2012

MIAMI HEAT VENCE FÁCIL BOSTON CELTICS NA ABERTURA DAS FINAIS DA CONFERÊNCIA LESTE

O Miami Heat bateu sem dificuldades nesta noite de segunda o Boston Celtics pelo placar de 93 a 79 na abertura das finais da Conferência Leste. Vitória incontestável do time de Lebron James e Dwyane Wade, que comandaram a equipe da Flórida com 54 pontos (juntos). Mas quem roubou a atenção do jogo foi a fraca arbitragem. Se você acha que é só no futebol brasileiro que os juízes gostam de aparecer, marcando ou não pênaltis e faltas inexistentes, está enganado. Hoje foi um festival de faltas técnicas, marcadas principalmente em razão de reclamações do que foi apitado através de um gesto ou palavra. Sem contar as faltas apitadas erradamente nos jogos de contato. O coronel Marinho e o Sérgio Corrêa da NBA deveriam ficar atentos a estes juízes. O espetáculo não pode ser prejudicado. Alô diretores do Boston, enviem o DVD da partida para o David Stern! Tudo bem Neto, nada vai mudar.

Foram várias faltas técnicas ridículas, sejam contra Kevin Garnett, Rajar Rondo, Ray Allen e até o técnico Doc Rivers. Por mais que o Miami estivesse com a partida na mão, jogar contra Lebron e Wade e a arbitragem estava bem complicado para o Celtics. O Miami também se irritou com os juízes, que marcavam  faltas inexistentes e praticavam a lei da compensação. É, até na NBA tem isso! Vai entender!

Lebron e Wade estão em ritmo impressionante e devem levar o Miami as finais da NBA. Não sou fã deles, mas dá gosto de vê-los jogar! Mesmo sem Cris Bosh machucado, a equipe tem se mostrado eficiente. A dupla carrega o time nas costas, mas os tiros certeiros de três pontos de Battier e Miller e os lampejos de Mario Chalmers têm surtido efeito e o Heat tem tudo para levar a série. A equipe esteve melhor durante todo o jogo. Mesmo quando o Boston reagiu e foi para o terceiro período com o jogo empatado (46 a 46), o Miami não perdeu o controle, voltou com força total  e liquidou a partida com 14 pontos de vantagem.

Do lado do Celtics fica o sinal de alerta. A desculpa que o time está cansado depois da difícil série diante do Philadelphia 76ers não pode ser colocada. É agora ou nunca. Muitos jogadores, como Garnett, Pierce e Allen têm apenas mais alguns anos de carreira. Esta pode ser a última oportunidade destes jogadores conquistarem a NBA mais uma vez. Garnett foi quem mais apareceu no jogo com um duplo-duplo (23 pontos e 10 rebotes). Rajar Rondon também deu sua contribuição com 16 pontos, mas sabe que como armador e cérebro da equipe precisa fazer seus companheiros rodarem e funcionarem. O técnico Doc Rivers precisa encontrar uma maneira de parar ou pelo menos diminiur ímpeto de Lebron e Dwyane nas subidas à cesta. Do contrário, será engolido pelo Miami novamente.

Clique e assista aos Melhores momentos da partida

Conferência Oeste
Nesta terça comento o segundo jogo entre San Antonio Spurs e Oklahoma City Thunder. Se você gosta de basquete, não deixe de acompanhar esta série, pois é uma verdadeira aula de basquete, habilidade, técnica e posicionamento tático.

Dica
Confira os canais que irão transmitir ao vivo as finais de Conferências (Leste e Oeste)

- ESPN: todos os jogos da série entre Miami Heat e Boston Celtics
- Space: todos os jogos da série entre San Antonio Spurs e Oklahoma City Thunder

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ROLAND GARROS VALE SOBERANIA PARA NADAL E DJOKOVIC



Espanhol pode se tornar o maior de Paris. Já o sérvio busca único título de Grand Slam que falta na carreira.

Teve início nesta segunda o Grand Slam de Roland Garros, em Paris. Sem novidades, Novak Djokovic e Rafael Nadal despontam como principais favoritos ao título do torneio. Não me esqueci do melhor de todos os tempos, Roger Federer, que também está no páreo, mas com menores chances.

Vamos a Nadal e Djokovic
Invencível até o início do ano, Djoko chega a Paris cercado de incertezas. As recentes derrotas para Nadal deixaram no ar uma dúvida no público que acompanha o sérvio e gosta de tênis. O jogo agressivo e vibrante de Djokovic, pontos fortes do tenista, não foram vistos nos últimos torneios. O que vi foi um tenista cabisbaixo e complacente com a derrota. Muitos vão falar da morte de seu avô, fato que visivelmente o abalou. Concordo até certo ponto, mas isto não pode servir de desculpa para os fracos jogos. Seja na derrota para Tipsarevic, em Madri, ou para Nadal, em Monte Carlo e Roma.

Djokovic ainda é sem dúvida o melhor do mundo na atualidade, mas terá de suar a camisa no piso de Nadal. Se não bastassem os últimos resultados negativos, outro ponto que aumenta a responsabilidade do sérvio em Paris é o fato de o tenista nunca ter vencido a competição. Falta apenas o título de Roland Garros para Djokovic entrar na seleta lista das lendas que conquistaram os quatro (Austrália Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open) Grand Slams. Uma vitória na França trará de volta toda confiança do tenista, o que será péssimo aos seus adversários.

Depois de sete derrotas consecutivas para Djokovic, Nadal encerrou o jejum em Monte Carlo. O título em questão acendeu a chama que estava apagada e fez de Nadal o maior vencedor de Masters com 21 títulos, superando Federer com 20. O espanhol entra em Roland Garros revigorado, cheio de esperanças e com recordes a serem batidos. Caso vença o torneio, o tenista chegará ao heptacampeonato e se tornará o maior de todos do torneio da França.

Nem só de alegrias vive o espanhol. Apesar do favoritismo no saibro, Nadal terá de superar os problemas físicos - o maior deles as dores no joelho -, e até a torcida local, que não é adepta ao seu jogo. Questões políticas (França x Espanha) e o fato de torcerem por uma rotatividade de campeões são algumas das razões para os franceses não “gostarem” de Nadal.

Roger Federer
Dos favoritos, Federer é o único que chega à França sem responsabilidade, mas ao mesmo tempo louco para estragar a ensaiada final entre o sérvio e o espanhol. O suíço pode entrar para o seleto grupo dos tenistas acima de 30 anos que conquistaram um Grand Slam.

Serão duas semanas de alto nível de tênis. Aproveitem!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PALMEIRAS: UM CLUBE VITORIOSO, SOFRIDO E VIBRANTE!

Cinco meses se passaram após meu último post. Falta de tempo, cansaço e preguiça? Talvez. Não a toa reservei esta data para voltar escrever no Bola na Caixa e expor meus pensamentos referentes ao mundo da bola.

Um dia especial para uma nação sofrida e corneteira, mas não menos vencedora e vibrante. No dia 26 de agosto de 1914 nascia a Sociedade Palestra Itália, como o próprio nome dizia, com raízes italianas. Passados alguns anos, o clube foi obrigado durante a Segunda Guerra Mundial a mudar de nome. Nada que rebaixasse a aura do time. Em 1942, chegou a se chamar Palestra de São Paulo por seis meses, até que o nome Palmeiras, em referência à Associação Athlética das Palmeiras, clube extinto, foi definido.

A história do Palestra é maravilhosa. São 97 anos completados nesta sexta. Assim como muitos clubes possui momentos incríveis e títulos memoráveis, há ocasiões árduas, que merecem serem esquecidas.

Neste dia especial, a ideia é abordar a minha relação com este clube que há mais de 18 anos me faz amar o futebol, ter momentos de êxtase e vibração, mas também derrotas melancólicas e sofridas. Comecei a torcer e vestir o manto alviverde ainda muito pequeno, devido à influência de meu pai. Ele se foi nos primeiros anos da década de 90, mas teve tempo de ver aquele fantástico time que saiu da fila, com jogadores como Cesar Sampaio, Edmundo, Edilson, Zinho, Rivaldo, Roberto Carlos e Evair, que desfilavam em campo com jogadas extraordinárias e gols mirabolantes. Com a morte dele, tive um momento de afastamento ao futebol. A pessoa que me fazia vibrar, assistir jogos juntos não estava mais lá. Enquanto isso, o Palmeiras seguia seus tempos de glórias com o patrocínio da Parmalat, vencendo campeonatos. Quem não se lembra daquele time de 1996, com Cafú, Djalminha, Luizão e Edmundo, que encantava o Brasil?

Eu tinha seis anos, mas me lembro como se fosse ontem a minha primeira vez no Palestra Itália. O Palmeiras jogava com o Paraná, pelo Brasileirão de 1994. Um tio, fanático pelo alviverde, a quem devo e muito por ser palmeirense, me levou ao jogo. Foram momentos fantásticos, terminados com um gol de Antonio Carlos. Mesmo ainda pequeno, sem ter noção do que havia por fora de uma nação tão apaixonada pelo futebol, percebi que torcia o para time certo.

Presenciei vitórias memoráveis em um Palestra Itália lotado, mas as derrotas também vieram, às vezes de formas árduas, que até hoje não se cicatrizaram. Como se esquecer dos jogos com o Cruzeiro no fim dos anos 90. Eram partidas dramáticas, sempre com Fábio Júnior e Marcelo Ramos, pela Raposa, atormentando os zagueiros palmeirenses Cleber, Júnior Baiano e Roque Júnior. Alguns momentos fantásticos, como os títulos da Copa do Brasil, em 1998, e outros dolorosos como a saída do Palmeiras nas quartas de finais do Brasileirão do mesmo ano. E o que falar das partidas diante do Flamengo e Vasco? Tenho orgulho de ter visto aqueles jogos! Não poderia deixar de citar aqueles duelos de gladiadores contra o Corinthians no fim da década. Dois times com grandes jogadores, que levavam as torcidas à loucura.
Em 1999, não estava no Palestra Itália, mas assisti e vibrei com o título mais importante da história do clube. Lembro-me como nunca aquela partida diante do América de Cali. No dia seguinte do título, eu e amigos corríamos na escola com bandeiras, camisa do alviverde, chapéu e bonés vibrando. Um momento único!

Um time não vive apenas de vitórias. Como esquecer aquela final do Mundial de Interclubes no Japão. Combinei com meu tio que assistiria em sua casa. Com o jogo marcado para o início da manhã, um café reforçado tinha que ser feito para aguentar a partida, que seria marcada para a história. Sai da escola rapidamente e vi Marcos, que havia ganhado o apelido de Santo, depois de brilhantes defesas na Libertadores, falhar. Justo ele, um jogador com a cara da torcida, idolatrado por todos. Triste destino. O erro não impediu Marcos de ser um dos maiores jogadores da história do clube.

Em minha opinião, a derrota para Manchester United foi um fato bastante negativo, mas nada em comparação a 2002. O Brasil havia chegado ao pentacampeonato na Alemanha, Marcos mostrou seu arsenal de milagres para o mundo e recusou propostas de clubes exteriores.Mal sabia que precisaria de muitas forças para ajudar o Palmeiras. Em 17 de novembro do mesmo ano, diretoria e jogadores da época manchavam a linda história do clube com o rebaixamento para a segunda divisão. Chorei, xinguei e desabafei. Era como se meu coração tivesse sido esfaqueado. A dor era grande e persiste até hoje. O time de 2002 não era ruim, mas a incompetência dos atletas, da diretoria e uma ajudinha de Luxemburgo, ocasionaram na queda. Recordo-me de um jogo que fui ver contra o Gama. O Palmeiras empatou em 2 a 2. Era uma época em que o time começava a ser chamado de Tabajara. Era doloroso e ao mesmo cômico! A volta a primeira divisão no ano seguinte não foi mais que obrigação. Serviu para trazer a torcida, revelar bons jogadores e unir o time. Fui ao Palestra Itália assistir alguns jogos na Série B e o ambiente era diferente. Os torcedores estavam mais vibrantes, o revés havia unido todas as alas.

Para alguns clubes, a segunda divisão é um passo atrás, mas pode servir como dois à frente. Mas não para o Palmeiras. Muitos se reergueram, mas o alviverde insiste em cambalear. Tudo é diferente neste clube. Vencemos em 2008 a Ponte Preta na final do Paulista, no Palestra. Por sinal, eu estava lá. Comemorei os cinco gols como se fossem os primeiros que havia visto no estádio e chorei como uma criança aquele título. Ver seu time do coração pela TV é bom, mas comemorar um campeonato no estádio, vendo e escutando, batendo no peito e demonstrando a paixão por ele não tem preço.

Porém, o título não serviu para o Palmeiras decolar. Desde então, o clube teve grandes técnicos do Brasil, mas as famosas alas políticas do clube não quiseram vê-lo entre os melhores do país. O poder, a ganância e a vontade de derrubar o rival falaram mais alto.
Ainda tenho esperança de que o clube volte às épocas de glórias. Um sujeito turrão, mas com um coração enorme tem tentado levantar o Palmeiras. Não sei se Luiz Felipe Scolari irá continuar pelos próximos anos, mas tem feito de tudo para manter o alviverde entre os primeiros. Marcos é o símbolo. Às vezes desajeitado nas palavras, fala o que pensa. Tudo com espontaneidade. Tem capacidade e consciência de que pode mudar o clube. Foram muitos anos de serviços prestados. O Santo sofreu demais com as contusões ao longo dos anos de profissão, mas defendeu a meta de forma vitoriosa. Kleber e Valdivia, muitas vezes contestados, tentam trazer a torcida de volta aos estádios e ganhar a marca de ídolos. Por fim, o estádio Palestra Itália, ao contrário do que muitos gostariam, segue sendo reformado. Sem muita mídia e alarde, vai dando passos grandes de modernidade.

Parabéns, Palmeiras!

quarta-feira, 9 de março de 2011

O GAROTO PROBLEMA ESTÁ DE VOLTA

Passados nove meses de sua chegada a Roma, o atacante Adriano teve sua volta decretada ao Brasil. Mais uma vez o flamenguista saiu pelas portas do fundo do Velho Continente. Talvez seja a última vez que tenha atuado em um clube europeu. Confusões e mais confusões marcaram a recente passagem do carioca pela Itália.

Em 2009, o jogador resolveu largar a Inter de Milão alegando estar infeliz. Time do coração do atacante, o Flamengo o acolheu e então o jogador recuperou o grande futebol, sendo campeão brasileiro. Porém, como em todo clube que passou, o segundo ano do Imperador no Mengão seria trágico. No ano passado, as confusões voltaram, como fotos tiradas juntamente com traficantes, além de várias brigas com sua então namorada.

Em junho, a Roma, time dos brasileiros Juan, Doni, Julio César, Taddei, Fábio Simplício e Cicinho apostou no atacante que um dia foi chamado de Imperador. Com salário astronômico e saudado como o Imperador de Roma, Adriano voltou à mídia mundial em grande estilo. Porém, novamente voltou a apontar problemas. Contusões e a dificuldade de entrar em forma novamente estragaram a carreira do jogador. E não era só isso. Depois de machucar o ombro no clássico contra o Milan, válido pelo Italiano, o jogador pediu à direção romana para se tratar no Brasil. Apesar de certa resistência, os italianos cederam. O calvário estava por vir.

Adriano voltou ao Brasil com o intuito de se recuperar, mas pouco cuidou da contusão. Visto em festas badaladas e churrascarias, o condicionamento físico do jogador foi para o espaço. Além disso, foi pego dirigindo embriagado. Teve a carteira de habilitação apreendida e ainda levou um ultimato de dirigentes romanos para que voltasse imediatamente ao clube. Adiou sua reapresentação em vários dias e quando voltou, sem dar explicações, não compareceu a sede da equipe para fazer exames médicos. Era a gota d’água.

Foram fatídicos 259 minutos e oito partidas pela Roma. O único gol de Adriano pelo clube foi marcado em um amistoso contra um combinado da Itália, ainda na pré-temporada. E mais nada. De uma grande promessa nacional Adriano se tornou em um pesadelo para os clubes e torcedores. Uma pena!

O centroavante está de volta. O Palmeiras já avisou que não tem a mínima pretensão de contratar a bomba relógio. Agora, restam Corinthians e Flamengo? Quem vai querer a bucha? Salvem-se quem puder.

A BRIGA ENTRE C13 E CLUBES BRASILEIROS

Depois da novela Ronaldinho Gaúcho, que durou mais de dois meses, agora o futebol brasileiro nos proporciona o ‘’Direitos de transmissão 2012’’. Muito me encantaria se essa briga fosse meramente pelo bem do futebol nacional. Mas não, seguindo o que acontece em Brasília, os dirigentes dos clubes brasileiros fazem conchaves políticos para ganharem algo em troca ($$$ e apoio), sejam com a CBF, emissoras de TV ou governo.

O que acontece com a briga de alguns clubes brasileiros com o Clube dos 13 é pura politicagem. Alguns não querem ficar de ‘’mal’’ com a toda poderosa Globo. Quem não garante que a saída repentina do Corinthians não tem algo com a emissora e a construção de seu estádio? Mais do que nunca, Andrés Sanchez, o cachorrinho de Ricardo Teixeira, segue as ordens de seu pupilo. Tem fama de durão, mas suas decisões são bem estranhas. O estádio corintiano, que até agora não saiu do papel, por falta de verba devido as exigências da CBF e da Fifa, além de outros entraves, pode mesmo ficar nos sonhos dos torcedores, caso o presidente do clube alvinegro feche com qualquer outra emissora que não seja a Globo. Além disso, ficar contra Ricardo Teixeira seria algo crucial para os milhões que ainda faltam para construção do Fielzão. Com a saída do C13, Sanchez recebeu a notícia da Fifa confirmando o estádio corintiano para a Copa. Novidade, hein?! Muito estranho, não acham?

Já no Rio de Janeiro, onde a TV carioca tem grande poder, os quatro grandes estão bem decididos: não deixar a Globo sair do futebol. Tem presidente comparecendo a evento com mochila da emissora e dirigente que se encontra com executivo do canal articulando os direitos de transmissão. Em um dia anunciam a saída do Clube dos 13, enquanto dias depois apenas noticiam seu afastamento. Poxa, vamos ter coerência! Todos sabem que o edital proposto pelo Clube dos 13 contém vários erros. Agora, me pergunto. Por que os clubes não se reúnem, acertam as cláusulas contratais e fecham logo isso?

Palmeiras e Santos, por se sentirem desprestigiados e pela falta de carinho, anunciaram mais uma debandada do grupo. Quem também fugiu do C13 foi o Grêmio, que está de olho na saída do estádio do rival Inter da sede da Copa do Mundo. Sem ter como garantir financeiramente a reforma do Beira-Rio, e ainda já fechado com o C13, juntamente com São Paulo e Atlético-MG, o Internacional pode dar de bandeja a sede do RS para o rival. Enquanto isso, os gremistas tomam uma decisão no mínimo curiosa, com o intuito de ter seu estádio na Copa. Com uma proposta para a construção de sua Arena e alinhando todas suas decisões em conjunto com a CBF, o Grêmio pode ganhar de presente da ‘’toda poderosa’’ os jogos do Mundial.

Outro ponto bastante discutido é a preferência de alguns clubes pela Globo. Que a emissora carioca tem uma grande audiência e grandes profissionais, por mais contestados que sejam, todo mundo sabe. Agora, por que esse preconceito com a Record? Mesmo sabendo das incertezas de onde vem o farto dinheiro da emissora paulista, quem não garante que ela poderá fazer uma ótima cobertura futebolística? Nos últimos anos a emissora investiu pesado no esporte, sejam em contratações de renomados jornalistas e na compra de direitos de transmissão, como a Olimpíadas de Londres, em 2012. Que abram um edital sério e que vença a melhor proposta, independente de A, B ou C emissora.

O C13 nasceu para ser uma liga forte, ser o escudo dos clubes, no entanto até agora nada se fez. Se nem um assunto bem inferior, como a polêmica Taça das Bolinhas a entidade conseguiu resolver, como conseguirão dar fim a um assunto que pode definir o rumo do futebol nacional?!

Quem perde com tudo isso são os próprios clubes. Em vez de se juntarem para conseguir um recorde de dinheiro das Tvs e melhorarem suas imagens perante o público nacional, ficam neste briga boba. Que o futebol não é sério, muitos já desconfiavam. Agora, todos têm a resposta. Não pense que em 2012 haverá dois campeonatos brasileiros. Tudo mentira. O final todo mundo já sabe. Nada que um ‘’pito’’ do governo federal e da CBF para que os clubes se acalmem e se rendam a eles.

sexta-feira, 4 de março de 2011

RUSSO CONSEGUE O IMPOSSÍVEL NA NBA

Da série “os vídeos mais bizarros” eu não poderia deixar de abordar o lance ocorrido ontem no jogo entre Denver Nuggets e Utah Jazz, válido pela NBA. Faltando um segundo para acabar o jogo (isso mesmo, 1s), o time do brasileiro Nenê vencia o jogo fora de casa por dois pontos (103 x 101). Na reposição de bola do fundo da quadra para o time visitante, o pivô do Denver, Kenyon Martin, se enrolou com a bola e entregou de graça para o adversário Andrei Kirilenko.

Se a trapalhada tinha acontecido para o time de Denver, o mais bizarro estava por vir. O jogador do time da casa, que estava embaixo da cesta, conseguiu atrapalhar Kenion e roubou a bola. Na hora de fazer a bandeja ou ir para a cravada, o russo teve a proeza de errar o lance e deixar de empatar o jogo, que então iria para a prorrogação. É inacreditável. Vejam com os seus próprios olhos: