quinta-feira, 16 de agosto de 2012

QUE VENHA 2016

Por Murilo Rezende

A participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres rendeu marcas históricas e desempenhos que decepcionaram torcedores, mas foram considerados satisfatórios por profissionais ligados ao esporte. No resumo da ópera, batemos o número de medalhas de Pequim 2008 (17 no total, sendo 3 de Ouro, 5 de Prata e 9 de Bronze) sem a ajuda dos considerados Favoritos ao topo do pódio.

Ao invés de destacar os maus resultados, vale apontar os guerreiros e guerreiras do judô, Sarah Menezes (Ouro), e do boxe, Adriana Araújo (Bronze) e os irmãos Esquiva (Prata) e Yamaguchi Falcão (Bronze).

As meninas do vôlei também mostraram raça e superação ao virar um jogo que parecia perdido, aplicar uma vitória por 3 sets a 1 sobre a seleção norte-americana e chegar ao bicampeonato olímpico. Comandadas por José Roberto Guimarães, dono de uma marca histórica: três vezes medalha de ouro em Olimpíadas (1992, 2008 e 2012).



Na ginástica tivemos duas surpresas positivas e uma negativa. O primeiro é Arthur Zanetti. O atleta levou o ouro nas argolas após mostrar que para subir ao lugar mais alto do pódio olímpico é preciso muito trabalho e foco em seu objetivo. O segundo é Sérgio Sasaki: primeiro brasileiro a chegar entre os dez primeiros no individual geral.

A surpresa negativa foi Diego Hipólito. O ginasta deu a seguinte declaração: “Errei porque errei. Amarelei”, logo após cair na sua apresentação. O favoritismo caiu e os “anônimos” sobressaíram. Feminino não tem o que comentar.



Decepção no futebol. A seleção de Mano Menezes contava com grandes jogadores como Leandro Damião, Hulk, Neymar e Oscar, e sonhava com a medalha de ouro inédito. Ficou sonhando, dormindo e só acordou quando o juiz apitou o final de jogo e decretou a derrota por 2 a 1 para o México. Só o sono para explicar o fraco desempenho na partida.
No vôlei masculino, um show do técnico russo ao escalar Dmitriy Muserskiy, gigante central de 2,18m, na função de oposto. Com um ataque a 3,75m do chão, o jogador desestabilizou o esquema tático de Bernardinho, um dos melhores técnicos do mundo, e conquistou a vitória. Mérito do adversário.

Apesar do gosto amargo, a prata rendeu a sexta medalha Bernardo em Jogos Olímpicos. Três bronzes, o primeiro como jogador em 1984, o segundo e o terceiro como treinador da seleção feminina 1996 e 2000, o primeiro ouro em 2004 e as duas últimas comandando a seleção masculina em 2008 e 2012. Espero que esse resultado sirva como incentivo à reformulação da equipe brasileira.

Outras pratas de superação foram as da dupla do vôlei de praia Emanuel/Alisson e do nadador Thiago Pereira. A parceria tentou, mas dois erros no final do duelo diante dos alemães colocaram ponto final na história. Já o nadador fez o segundo melhor tempo nos 400m Medley e deixou até a lenda Michael Phelps para trás!

A medalha de bronze serviu para quebrar barreiras e destacar modalidades de pouca visibilidade no país. Essas sim me deram esperança de desempenhos melhores na próxima olimpíada. Além do terceiro lugar no pentatlo para fechar a participação brasileira nos Jogos de Londres.

Vamos esperar por 2016 e que o Brasil não só supere o número de medalhas, mas mostre interesse, investimento e evolução nas modalidades olímpicas. Aí está a beleza da Olimpíada: para ser campeão é preciso trabalhar duro e ultrapassar limites. Por isso, a honra de ser Medalha de Ouro não é para qualquer um.

terça-feira, 29 de maio de 2012

MIAMI HEAT VENCE FÁCIL BOSTON CELTICS NA ABERTURA DAS FINAIS DA CONFERÊNCIA LESTE

O Miami Heat bateu sem dificuldades nesta noite de segunda o Boston Celtics pelo placar de 93 a 79 na abertura das finais da Conferência Leste. Vitória incontestável do time de Lebron James e Dwyane Wade, que comandaram a equipe da Flórida com 54 pontos (juntos). Mas quem roubou a atenção do jogo foi a fraca arbitragem. Se você acha que é só no futebol brasileiro que os juízes gostam de aparecer, marcando ou não pênaltis e faltas inexistentes, está enganado. Hoje foi um festival de faltas técnicas, marcadas principalmente em razão de reclamações do que foi apitado através de um gesto ou palavra. Sem contar as faltas apitadas erradamente nos jogos de contato. O coronel Marinho e o Sérgio Corrêa da NBA deveriam ficar atentos a estes juízes. O espetáculo não pode ser prejudicado. Alô diretores do Boston, enviem o DVD da partida para o David Stern! Tudo bem Neto, nada vai mudar.

Foram várias faltas técnicas ridículas, sejam contra Kevin Garnett, Rajar Rondo, Ray Allen e até o técnico Doc Rivers. Por mais que o Miami estivesse com a partida na mão, jogar contra Lebron e Wade e a arbitragem estava bem complicado para o Celtics. O Miami também se irritou com os juízes, que marcavam  faltas inexistentes e praticavam a lei da compensação. É, até na NBA tem isso! Vai entender!

Lebron e Wade estão em ritmo impressionante e devem levar o Miami as finais da NBA. Não sou fã deles, mas dá gosto de vê-los jogar! Mesmo sem Cris Bosh machucado, a equipe tem se mostrado eficiente. A dupla carrega o time nas costas, mas os tiros certeiros de três pontos de Battier e Miller e os lampejos de Mario Chalmers têm surtido efeito e o Heat tem tudo para levar a série. A equipe esteve melhor durante todo o jogo. Mesmo quando o Boston reagiu e foi para o terceiro período com o jogo empatado (46 a 46), o Miami não perdeu o controle, voltou com força total  e liquidou a partida com 14 pontos de vantagem.

Do lado do Celtics fica o sinal de alerta. A desculpa que o time está cansado depois da difícil série diante do Philadelphia 76ers não pode ser colocada. É agora ou nunca. Muitos jogadores, como Garnett, Pierce e Allen têm apenas mais alguns anos de carreira. Esta pode ser a última oportunidade destes jogadores conquistarem a NBA mais uma vez. Garnett foi quem mais apareceu no jogo com um duplo-duplo (23 pontos e 10 rebotes). Rajar Rondon também deu sua contribuição com 16 pontos, mas sabe que como armador e cérebro da equipe precisa fazer seus companheiros rodarem e funcionarem. O técnico Doc Rivers precisa encontrar uma maneira de parar ou pelo menos diminiur ímpeto de Lebron e Dwyane nas subidas à cesta. Do contrário, será engolido pelo Miami novamente.

Clique e assista aos Melhores momentos da partida

Conferência Oeste
Nesta terça comento o segundo jogo entre San Antonio Spurs e Oklahoma City Thunder. Se você gosta de basquete, não deixe de acompanhar esta série, pois é uma verdadeira aula de basquete, habilidade, técnica e posicionamento tático.

Dica
Confira os canais que irão transmitir ao vivo as finais de Conferências (Leste e Oeste)

- ESPN: todos os jogos da série entre Miami Heat e Boston Celtics
- Space: todos os jogos da série entre San Antonio Spurs e Oklahoma City Thunder

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ROLAND GARROS VALE SOBERANIA PARA NADAL E DJOKOVIC



Espanhol pode se tornar o maior de Paris. Já o sérvio busca único título de Grand Slam que falta na carreira.

Teve início nesta segunda o Grand Slam de Roland Garros, em Paris. Sem novidades, Novak Djokovic e Rafael Nadal despontam como principais favoritos ao título do torneio. Não me esqueci do melhor de todos os tempos, Roger Federer, que também está no páreo, mas com menores chances.

Vamos a Nadal e Djokovic
Invencível até o início do ano, Djoko chega a Paris cercado de incertezas. As recentes derrotas para Nadal deixaram no ar uma dúvida no público que acompanha o sérvio e gosta de tênis. O jogo agressivo e vibrante de Djokovic, pontos fortes do tenista, não foram vistos nos últimos torneios. O que vi foi um tenista cabisbaixo e complacente com a derrota. Muitos vão falar da morte de seu avô, fato que visivelmente o abalou. Concordo até certo ponto, mas isto não pode servir de desculpa para os fracos jogos. Seja na derrota para Tipsarevic, em Madri, ou para Nadal, em Monte Carlo e Roma.

Djokovic ainda é sem dúvida o melhor do mundo na atualidade, mas terá de suar a camisa no piso de Nadal. Se não bastassem os últimos resultados negativos, outro ponto que aumenta a responsabilidade do sérvio em Paris é o fato de o tenista nunca ter vencido a competição. Falta apenas o título de Roland Garros para Djokovic entrar na seleta lista das lendas que conquistaram os quatro (Austrália Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open) Grand Slams. Uma vitória na França trará de volta toda confiança do tenista, o que será péssimo aos seus adversários.

Depois de sete derrotas consecutivas para Djokovic, Nadal encerrou o jejum em Monte Carlo. O título em questão acendeu a chama que estava apagada e fez de Nadal o maior vencedor de Masters com 21 títulos, superando Federer com 20. O espanhol entra em Roland Garros revigorado, cheio de esperanças e com recordes a serem batidos. Caso vença o torneio, o tenista chegará ao heptacampeonato e se tornará o maior de todos do torneio da França.

Nem só de alegrias vive o espanhol. Apesar do favoritismo no saibro, Nadal terá de superar os problemas físicos - o maior deles as dores no joelho -, e até a torcida local, que não é adepta ao seu jogo. Questões políticas (França x Espanha) e o fato de torcerem por uma rotatividade de campeões são algumas das razões para os franceses não “gostarem” de Nadal.

Roger Federer
Dos favoritos, Federer é o único que chega à França sem responsabilidade, mas ao mesmo tempo louco para estragar a ensaiada final entre o sérvio e o espanhol. O suíço pode entrar para o seleto grupo dos tenistas acima de 30 anos que conquistaram um Grand Slam.

Serão duas semanas de alto nível de tênis. Aproveitem!